jeudi 7 août 2014

imigraçao que deu certo? (post gigante!)

O que signifca isso, afinal de contas ?

Na Blogosfera ha 1001 posts sobre o processo de imigraçao, sobre como organizar as coisas antes de chegar aqui, sobre como obter os documentos, procurar emprego, e até sobre as maravilhas da Dollarama.  Ha também alguns posts sobre o lado menos **glamour** e algumas mazelas ... Li no blog Cariocas no Canada sobre alguns pontos *ruins* da terrinha ... Nao vou entrar no mérito da questao, acho que isso é tao pessoal quanto torcer pelo Corinthians (Timao ê ô).

Com tanta informaçao dispersa, com tantos relatos e opinioes rolando e com tantas expectativas, o que define, afinal, o sucesso de uma imigraçao?

source http://aureusconsultancy.com/wp-content/uploads/2013/08/li-immigration-visa-620-cbc.jpg

Simples, como tudo na vida, É PESSOAL!

Citando-me como exemplo, ja que posso falar de mim com propriedade e nao irei me processar ....
Eu estou aqui ha 7 anos (bem, completarei oficialmente 7 anos em 1 mês, ok, estou aqui ha 6 anos e 11 meses) e AINDA SOU ESTUDANTE! Foi pela imigraçao que voltei aos estudos ? NO NO! Foi para conseguir avançar na minha profissao, numa area relativamente nova aqui em Québec, como **infirmière praticienne spécialisée** (coisas do destino, minha area profissional existe no QC ha ... 7 anos!). Para obter a vaga no meu curso (mestrado) eu precisei acumular 2 anos de experiência quebeca como enfermeira (é a lei, e dura lex sed lex, vale para todos). Eu estava bem, feliz e contente atuando em EFJ (enfance jeunesse famille), num CLSC (Centre Local de Services Communautaires), de segunda à sexta, vendo apenas 1 paciente por vez, trabalhando 35% do tempo no bureau e participando de projetos de melhoria, como a iniciativa **ami des bébés** e o **modèle McGill**. Mas, formiguinha acadêmica, quis dar um passo avante, que NAO ERA OBRIGATORIO!! (no QC, apenas 35% das enfermeiras possuem formaçao universitaria, e dessas, apenas 3,5% possuem formaçao superior - mestrado ou doutorado = por aqui, nao é aquela **febre** de pos graduaçoes a qualquer custo, apenas com a formaçao CEGEP a enfermeira consegue excelente colocaçao no mercado de trabalho).

Minha imigraçao é um sucesso pois eu sou estudante IPS ou ela ainda nao é um sucesso justamente pelo fato de eu ser estudante? Vamos analisar ...

Quando sai do Brasil, tinha meu processo com a OIIQ encaminhado e esperava uma resposta em 3, 4 meses no maximo! Pois bem, imaginem a decepçao quando descobri que a faculdade no Brasil, a USP, considerada a **top** das **tops** havia cometido um erro grosseiro e errado minha documentaçao, sinalizando 800 horas de estagio ao invés de + de 1800 ? Erro de digitaçao ? pode ser, mas me custou UM ANO de espera!

O que fazer em um ano de espera, quando minha expectativa era de apenas 3 meses? Arregaçar as mangas e trabalhar, e foi isso que eu fiz. Naquela época, achava que minha imigraçao era um fracasso ? NO NO!! Estava &?%$#@!! da vida com a faculdade, com a minha falta de planejamento e com os **e se** que ocupavam minha mente (**e se** eu tivesse esperado a resposta ainda no Brasil, **e se** eu tivesse mais $$, **e se** eu fosse para um curso de francês ...). Sim, eu nao fiz francisaçao, tampouco fiz français langue seconde. Como sabia que teria uma espera pela frente (planejada de 3 meses, lembram?) eu consegui emprego como PAB assim que cheguei ao Canada, foi em menos de 10 dias. Chegar aqui com um francês bom ajudou? E COMO! Eu admiro muito quem vem com um francês macarrônico de **bonjour, ça va**, pois para essas pessoas o degrau é mais alto, a francisaçao ou curso de langue seconde podem ser bem cansativos. Mas, cada pessoa sabe de si, e eu, felizmente, tinha um bom nivel de francês e de inglês quando cheguei aqui. Nao tinha uma reserva $$ absurda, entao procurar emprego rapidamente foi a soluçao mais coerente. Imigrei sozinha, entao nao tive gastos com aluguel de casa nem compra de moveis, ja que alugava um quarto mobiliado (a famosa co-locaçao).

Numa das graças do destino, o quarto onde eu alugava era na casa de um senhor aposentado, que consertava bicicletas no verao e viajava para a Costa Rica no inverno. Eu cheguei em setembro, aluguei o quarto em outubro e em dezembro, antes do Natal, ele me disse **Estou indo para a Costa Rica, ficarei até maio, você pode cuidar das plantas e pegar o correio ?** ... Hein, como assim? pelo preço de 1 quarto (400$) eu teria a casa todinha para mim? E sem me preocupar com pagamento de eletricidade ou TV ? CLARO que eu tomo conta das plantas, que pergunta!!! E assim, naquele momento de questionamentos, obtive de novo a resposta, minha imigraçao estava no caminho certo.

Espera vai, espera vem, a seleçao do CEGEP para o curso de equivalência passando e nada de resposta da USP ... Minha vida como PAB estava tranquila, eu havia acabado de sair da experiência num residencial para crianças autistas (pois o residencial havia sido incorporado pelo sistema publico) e estava num residencial para idosos, onde atravessava a cidade para chegar. Ah, nesse meio tempo conheci meu marido e estavamos de namorico. Dia vai, dia vem, vi um anuncio num jornal *Metro* do ClubMed, procurando enfermeiras! Como assim? Na casa do Gepetto (o apelido que eu dei para o dono do imovel onde eu morava) na tinha internet, entao eu frequentava uma lan house na Avenue du Parc, que nem existe mais .... Estava na lan house aguardando para falar com minha familia pelo Skype quando recebo um chamado, do ClubMed, para uma entrevista virtual! No meio de jogadores e de imigrantes conversando com suas familias, na atmosfera meio escura da lan house, fiz minha entrevista para o Club, em inglês, francês e espanhol! De la, me convocaram para uma entrevista ao vivo e eu deveria **me preparar** com algo **amusant**. Hein ???? Eu nunca fui hospede de um Club Med, nao fazia a menor ideia do que era um GO ou um GM e nao tinha a minima noçao dos crazy signs. Mesmo assim, fui fazer a entrevista. Chegando la, eram mais de 100 pessoas, e na minha inocência, pensei que todos fossem enfermeiros. A grata surpresa, eram candidatos aos mais diversos cargos, de cozinheiros à fotografos, animadores e instrutores de tênis. Fiz a entrevista, participei da dinâmica de grupo, dancei o Crazy signs = esse aqui ... crazy signs e no mesmo dia, recebi a aprovaçao e um contrato de seis meses para trabalhar em Punta Cana, no Caribe. iria embracar em 1 mês. Nesse meio tempo, ENFIN, a resposta da OIIQ dizendo que eu poderia me inscrever num curso de equivalência. Fiz a prova no CVM (Vieux Montréal), fui aprovada e o curso começaria em setembro. Negociei com a diretora para postergar e poder começar apos minha experiência no Club, em janeiro. Achava que minha imigraçao estava super certa e teria uma temporada no Caribe para juntar uma graninha (o salario era baixo, 1500$ mensais, o mesmo que eu fazia como PAB, mas com despesas virtualmente *zero*, a possibilidade de juntar uma graninha era algo real).

Namorado novo, quarto alugado devolvido, fiz minhas malas e disse ao *copain* vir me visitar. A vida como enfermeira no Club nao é facil, so 1 dia de folga na semana, disponibilidade de 24h e 2 periodos de clinica por dia. Mesmo assim, estava aprendendo bastante. Mas, no meio da minha temporada, uma tempestade tropical abalou o Club e destruiu os pipelines! O Club seria fechado para reforma. Me deram a possibilidade de voltar para Montréal com o salario de 3 meses ou ir para o México continuar o contrato. Decidi voltar para Montréal. E, sem lenço nem documento, namorado novo me acolheu na casa dele, como co-loc. Nem preciso dizer que minha situaçao de co-loc rapidamente virou *conjoint de fait* rs ...

Estava ha menos de 10 dias do inicio do curso de equivalência no CVM! Ja havia negociado para começar em janeiro, o que fazer ? Na maior cara de pau, expliquei a situaçao, e por incrivel que pareça, minha demanda foi aceita e eu pude começar naquele ano de 2008. Dizia para mim mesma **agora que o retorno à minha profissao vai efetivamente começar** = somos muito vinculados ao nosso percurso profissional, nao é ? Acabamos nos identificando pela profissao que carregamos, e o fato de ser uma enfermeira sem poder atuar como tal, era bem frustrante (Uma das razoes de ter aceito a oferta no Club, poderia ser enfermeira de novo!). Curso feito, estagio feito, aprovaçao como top-5 da classe e o primeiro emprego como CEPI ! O meu curso de equivalência e meu estagio foram muito tranquilos! Recebia um $$ pelo prêt-et-bourse, vivia com meu conjoint, nao tinhamos carro e gastavamos pouco. La vie est belle!

O ano é 2009, moro na rua Sherbrooke, perto de tudo e escolho um hospital onde posso ir a pé, o Royal Victoria. Anglofono para praticar o inglês. Reconhecem minha experiência, ganho o salario de uma enfermeira com mais de 10 anos de experiência. Opto pelo bloco operatorio e ... sofro nas maos de uma preceptora que era o cao em forma de scrub verde. Queria morrer. Eu odiava o local. E para piorar, uma situaçao dificil na familia, la no Brasil ... Bem, minha primeira crise, decido voltar para **casa** até a situaçao se resolver. Bye namorado-conjoint, até logo. Nesse meio tempo, fiz meu exame da ordem (receberia a resposta no endereço brasuca!).

Foram 4 meses e meio de Brasil. Um emprego obtido com menos de 20 dias (e como gerente em auditoria de enfermagem!). Voltar para a antiga casa, com comidinha da mamae e amigos mais proximos ... Mas, nao estava feliz. Ja havia vivido perrengues no Canada, havia chorado no réveillon de 2007-2008 pois estava sozinha no residencial para crianças autistas e todos dormiam enquanto eu via pela TV os fogos de NY, havia quase congelado os dedos do pé ao tentar ver a parada de Noel, escorreguei de bunda no Parc du Mont Royal, confondi Sherbrooke Est com Ouest ... mas viver em Sampa, reaprender, apos 2 anos, a me espremer no metrô e achar normal, a ver crianças mendigando e considerar como parte do cenario, a ver ricos em seus carroes blindados e pobres em suas casinhas de madeira prensada e a morar numa casa com mais cercas e proteçoes do que Bangu I ... Aff, aquilo nao era mais o meu **chez moi**, eu sentia falta das casas sem grades, dos esquilos, das folhas de outono, e até da neve e do frio intenso. Sentia falta do namorado-conjoint! Eu estava com abstinência de Québec. Problema familiar resolvido, volto pro QC, dessa vez numa aventura incrivel, a vida em région!

Conjoint aceitou o desafio e la fomos nos, em 2010, viver em Abitibi-Témiscamingue, numa cidadezinha de 3 mil habitantes! Viajava a cada oportunidade, mandava quase 1000$ por mês para meus pais ... Se nao fosse pela dificuldade em conseguir um emprego para conjoint, provavelmente estariamos la até hoje, so tenho boas recordaçoes e adorei a experiência! Viver numa cidade sem semaforo, ter a onipresente floresta a nossos pés, poder curtir cachoeiras escondidas e viver *no meio do mato*, aquilo era vida! La vie est belle, n'est-ce pas? Mas, nao da para viver de vento, e mesmo com um salario adequado para nos 2, conjoint sentia que precisava trabalhar.

Voltamos para Montréal, entao! E opa, um trabalho em CLSC, o paraiso das enfermeiras, algo que era considerado praticamente impossivel e que (diz a lenda!) exigiria uns 5 anos de experiência hospitalar quebeca. Pois bem, eu tinha oficialmente pouco mais de 1 ano como *enfermeira*. Que equipe incrivel, trabalhar com clientela vulneravel de um dos bairros mais pobres de Montréal e poder fazer a diferença na vida ds pessoas! Eu estava feliz como enfermeira! Foi no CLSC que eu vi um pouco mais do trabalho de uma IPS, e foi la que resolvi me arriscar na nova aventura. De novo, poderia ficar tranquila no meu canto, a imigraçao estava boa, minha carreira estava boa, estava num apê maravilhoso em Île des Soeurs e com um pôr do sol de cair o queixo, ao lado do rio e de um parque = aqui West vancouver Park e havia comprado um carrao. O proximo passo era ter um bebê! Mas, formiguinha acadêmica, fomos para Québec enfrentar a capital e o mestrado.

Conjoint, maridao mesmo sem certidao, me apoiando sempre! Mudança de padrao de vida, status estudante, cortar despesas ... e os 2 anos mais insanos da minha vida, nunca estudei tanto, nunca me questionei tanto e nunca sofri como durante o mestrado (bem, para acompanhar a dureza dos dois ultimos anos, basta ler o blog rsrsrsrs). E para piorar, nao fui aprovada no segundo estagio, terei que refazer 10 semanas desse ?%$#@&!!!!. mas ja mudei de cidade (de novo!), pois tenho um contrato como CIPS em Vaudreuil-Dorion!

Dsempregada até janeiro, com o $$ da bolsa indo embora mais rapido que o Speedy Gonzales e maridao também sem job (tadinho, ele me segue por todas as aventuras, so nao foi pro Caribe e pro Brasil, mas de resto, esta sempre ao meu lado, merece um prêmio!) é hora de partir pro plano *B* = até janeiro, atuarei como enfermeira (pois é o que sou e serei, a gente se identifica pela nossa profissao, lembram?) contratada por uma agência (btw, emprego obtido no dia seguinte ao envio do meu CV!). Isso me dara a flexibilidade de escolher meus horarios e um bom salario para pagar as dividas que continuam crescendo e guardar um pouco para as famigeradas 10 semanas de estagio em Québec ... 

Isso tudo, um resumo de quase 7 anos de minha aventura de imigraçao. Ja sou canadense, e com orgulho da terrinha fria. Ainda nao tenho casa propria, a minha tao sonhada casa no lago. Ainda nao estou 100% estabilizada profissionalmente e ainda nao sou mamae. Isso faz do meu processo de imigraçao um sucesso ou um fracasso? Eu ousei recomeçar quando sai do Brasil, estava super establizada num dos melhores hospitais do Brasil, atuando como analista comercial. Ousei recomeçar quando fui para région, e ousei recomeçar quando me inscrevi no mestrado IPS. A vida é feita de escolhas, nao me arrependo das minhas. Sou pobre de marré-marré, mas nao deixo de viajar e curtir a vida. Continuo frequentando restaurantes, continuo aproveitando o que o mundo tem a oferecer. Nunca pedi ajuda para o BS, mas se precisar e for realmente o ultimo recurso, o farei sem medo. Minha imigraçao teve altos e baixos, profissionalmente ainda estou lutando pelo meu lugar ao sol, justamente por ter decidido mudar e avançar na carreira. Mas, sem arrependimentos, so vendo cada experiência como aprendizado e me fortalecendo a cada uma delas. Sim, minha historia de imigraçao é a MINHA, é UNICA, é PESSOAL e nao sera reproduzida por mais ninguém. O que faz da minha historia de imigraçao ser um sucesso, na minha opiniao? EU ESTOU FELIZ!

E felicidade, amigo, é o que importa ;-)



mardi 5 août 2014

infirmière clinicienne ... encore

Comme je n'ai pas réussi mon stage, je ne peux pas me permettre d'attendre sans rien faire jusqu'à Janvier. Alors, c'est le temps de travailler ...

Et moi, je suis une infirmière, c'est la seule chose que j'ai étudié de toute ma vie et c'est mon seul *talent*. Je me considère une bonne infirmière. Well .... je ne maitrise pas toutes les techniques et je suis très mauvaise pour trouver les veines, mais j'ai une écoute exceptionnelle et je suis très efficace dans des autres tâches! (Sauf l'urgence, je suis nulle à l'urgence!)

Mais, qui va engager une infirmière pour seulement quelques mois? La réponse ...  **les agences de placement**.

J'avoue que l'idée de faire de l'agence me plait un peu, pas beaucoup. J'aime connaître les gens qui travaillent avec moi, j'aime connaître la clientèle et j'aime être à l'aise dans mon milieu de travail. Cela prend du temps et de la dédication, c'est un processus qui s'instaure graduellement. Avec une agence, je peux être envoyé à de différents endroits à chaque jour, ou être établie dès le départ  dans un seul endroit (l'idéal, à mon avis! Les infirmières qu'aiment l'action diront le contraire!)

Alors, c'est le temps de chercher un travail temporaire. Ainsi, hier j'ai envoyé quelques CV. J'ai reçu plusieurs réponses, c'est fou comme c'est vite! Les agences sont à la **chase** des infirmières, mais les infirmières également font le **magasinage**, c'est de la pure loi de l'offre et demande. Trois RDV cédulés, je vais choisir la meilleure offre, idéalement un endroit pas si loin de chez nous, idéalement dans un CLSC, idéalement pendant le jour.


Ça y est, j'ai 4 mois à épargner de l'argent. Je serai de retour à Québec en janvier, et gérér 2 maisons c'est quelque chose d'assez dispendieux, merci. Je vais profiter pour travailler fort, c'est temporaire, ce ne sont que 4 mois. Je dois me préparer à mon retour comme stagiaire et future IPS. En attendant, j'exercerai ma profession de base. Let's do it!!

source = http://diapersandtutus.files.wordpress.com/2014/05/poor-nurse.jpg